Perícia em Datiloscopia

Perícia em Datiloscopia

Trata da identificação e exame das impressões digitais.

Divide-se em datiloscopia civil, responsável pela identificação de pessoas para fins civis, como expedição de documentos, por exemplo; e datiloscopia criminal, que identifica pessoas indiciadas em inquéritos, acusadas em processos ou em crimes.

Atualmente, as impressões digitais são os métodos papiloscópicos mais utilizados no meio policial. Estima-se, de acordo com o entendimento de Ricardo Bina em seu livro Medicina Legal, que a probabilidade de uma impressão digital ser idêntica a outra é de 1 em 17.000.000 milhões de pessoas.

Tendo em vista que os desenhos da crista papilar se formam na derme, a simples remoção da epiderme não descaracteriza o desenho formado na ponta dos dedos, em alguns casos poderá apenas dificultar a colheita para confronto.

No caso de cadáveres, a impressão digital dura até a fase coliquativa, ou seja, quando a derme passa a ser destruída pela putrefação do corpo.

Somente torna-se impossível a percepção dos desenhos das polpas dos dedos no caso de queimaduras de 3º grau, onde há total destruição de tecidos internos e mais profundos, não havendo qualquer possibilidade de identificação datiloscópica.

Mesmo no caso de gêmeos univitelinos o desenho formado na polpa dos dedos é diferente. Trata-se da única forma de individualização precisa de gêmeos idênticos.

Sistema de Vucetich

No Brasil, a datiloscopia emprega o sistema de Vucetich, sistema que classifica as impressões datiloscópicas em quatro tipos:

1) Arco: datilograma geralmente adético, formado por linhas que atravessam o campo digital apresentando em sua trajetória formas mais ou menos paralelas abauladas ou alterações caracteristicas;

2) Presilha interna: é o datilograma com um delta à direita do observador, apresentando linhas que, partindo da esquerda, curvam-se e volta ou tendem a voltar ao lado de origem, formando laçadas;

3) Presilha externa: é o datilograma com um delta à esquerda do observador, apresentando linhas que, partindo da direita, curvam-se e volta ou tendem a voltar ao lado de origem, formando laçadas.

4) Verticilo: é o datilograma com um delta à direita e outro à esquerda do observador, tendo pelo menos uma linha livre e curva à frente de cada delta.

Cada uma das classificações acima apresenta uma subespécie, baseada em um ângulo com forma piramidal oriunda da bifurcação de uma linha simples ou pela brusca divergência de duas linhas paralelas. Tal ângulo é denominado na medicinal legal como “delta”.

Ao examinar uma impressão digital, observam-se linhas pretas, que correspondem às cristas papilares e linhas brancas, que correspondem aos sulcos. Tais linhas desenvolvem-se paralelamente, criando, assim, a impressão digital, com desenhos imutáveis, que nascem com o indivíduo.

O sistema criado por Vucetich é o utilizado até hoje.

A cada tipo de impressão digital são atribuídos números e uma letra. É a partir daí que se compõe a fórmula datiloscópica, conhecida como “Sistema Datiloscópico de Vucetich”.

No arquivamento de Vucetich são utilizados os dez dedos das mãos da pessoa para classificação e arquivamento. Todas as impressões são coletadas e distribuídas em uma ficha específica que contem a sequência polegar, indicador, médio, anular e mínimo.

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